quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Interesse da importância

“Não adianta nada ver a banda,

tocando a banda em frente da varanda,

não adianta o mar, e nem a sua dor...”

(Não adianta, Zeca Baleiro).

Está tudo guardado.Os choros, os risos, os dramas, as explosões.Tudo numa pequena cápsula impregnada na pele:experiências que tornaram tangível a pessoa em que hoje te transformastes.Em que você se transformou?

Os teus sonhos foram reduzidos pelo tempo e a realidade não para de gritar teu nome.Então tu te voltas para dentro de si mesmo e, reflete.Sempre foi assim, inúmeras reflexões que ora te fizeram mudar, ora só serviram de conforto fulgaz, porque passados alguns segundos,lá estava você a agir como de costume.

Mas o tempo não foi tão malvado assim, a calma e paciência tornaram-se teus amigos ...ou seriam meras desculpas para justificar tuas perdas?Ou melhor, tuas não conquistas?Não se pode perder o que nunca se teve,certo?

Não adianta. Anos afim (ainda) passarás com essas dúvidas na cabeça.Existem coisas que não mudam.Todo o resto se modifica, pode acreditar.A linha é tênue e o dito agora com veemência pode soar inconstante nos próximos segundos.Ainda assim, acalma-te. Não há motivos para desequilíbrios e, ainda se houver, desacredite nos sábios que te previnem do quão será difícil. Acredita na loucura do possível e segue adiante. Tua hora chegará.