domingo, 11 de abril de 2010

Vim tanta areia...


Perdi as contas de quantas descrições e conceitos já ouvi sobre saudade.Ela deve ser uma coisa muito importante mesmo,afinal de contas,todos têm criatividade suficiente para criar uma definição própria pra ela.Pra uns saudade é vontade de estar perto de alguém,de um lugar, ou até mesmo de uma coisa que faz bem.Pra outros saudade é algo que aperta no peito, sem cor nem forma, mas que dói. E muito.

Saudade...Saudade... Pra mim saudade é um bichinho pequenino,mas que trabalha à peso de elefante.Chega devagar e quando você menos percebe,lá está esse bichinho que já (muito bem)se instalou e parece construir uma morada sólida,tão forte e firme que você juuuuura que ele vai ficar lá para sempre.Aí o que acontece?O danado do bichinho cansa, faz as malas,cai na estrada e nem se despede,é tudo tão rápido que nem dá tempo.Talvez até desse pra ele escrever um bilhete avisando que ia embora,mas esse sujeito é tão displicente que não consegue se prender às (nossas) convenções que dizem o que é,e não é de bom tom(leia-se educado!) fazer.Ele não está nem aí para boa educação, e muito menos para o que você vai achar dele.Ele não precisa ser bem vindo para chegar. E nem adianta você expulsa-lo pra ele ir embora.Ele vai quando quer.Ele simplesmente vai.

Penso que(talvez )o sóbrio senhor Tempo consiga impor alguma ordem sobre esse destrambelho bicho, já que ao contrário do que se imagina, o homem não tem autoridade sobre tudo, nem mesmo sobre um bicho pequenino...mas ágil...muito ágil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário